Dá-se de tudo
Num infinito momento...
Dá-se quase tudo
Quando a paz é alento.
Dá-se tudo
Quando a vida é o momento
Onde tudo se dá
Pela paz deste momento.
E o que é a vida
Sem o apaixonamento?
O que somos nós:
Macro ou micro elementos?
Seremos assim tão virulentos
Que não nos podemos amar?
Nessa relva, nessa selva de imagens?...
Será que não podemos ser cruéis,
Nessas ramagens?
Será que posso te dar
Um beijo, assim, selvagem?
Será que o futuro
Vai curtir nossa bobagem?
O que importa,
Se a porta da paixão é entreaberta...
O que importa se eu não disser a coisa certa?
O que importa
Se entre a tua e a tara minha
Imiscuí-me no odor da tua calcinha
E, nele,
Entre sofreguidão e frenesi,
Pude ser tão teu e,
Junto a ti,
Escancarei todo esse tesão por ti!
Natal, 12.06.1990
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