25 de jun. de 2013



O UIVO DA LOBA
Minha realidade não é diferente da sua,
Diferentes são as maneiras de encará-la.
 O uivo assustador da loba
É canto de amor ao lobo esperado;

Nem sempre a lua brilha mais que a estrela,
Nem sempre, quando me escondo,
Eu me furto de vê-la,
A vela que se acende pra vida
Nem sempre se apaga na hora da morte.
Quem sabe há potes de ouro
Na ponta do arco-íris,
Ou se reveste esse tesouro
Com outros matizes.

Nem a fome de amor que o ódio bafeja
É referência fugaz do cúmplice audaz,
Que busca saciedade em lábios proibidos,
Restos de libido
Que o mesmo lábio beija.



PUPILAS E HORIZONTES
Quisera eu, muito embora bem distante,
Sorver beijos nos teus lábios,
Que se oferecem ofuscantes,
como o brilho repentino de uma estrela...

Quisera eu, dedilhar acordes vários,
Em violões, ou Estradivários,
Sinfonias musicais, celestiais.
Querendo mais.

Quisera eu, poesias em minha fronte
Versos lindos, extasiantes
Que se  perdem na alvorada...
Para alguma namorada
Que, ali, bem sentada na calçada,
Sonha  sonhos e, bem distante,
Acaricia o horizonte.
Poesia é um sonho que só o poeta realiza, a vida, uma realidade quem sempre se concretiza. (Braz)