13 de nov. de 2010

Nossas Mãos

Mãos, nossas mãos
Serão assim tão bem iguais,
Guardando em si recônditos segredos,
Quebrando jaulas de indomáveis medos?

Ah! Nossas mãos...
Quando juntas estão
São elos fortes de uma corrente
Que se propaga célere
E que se dizem marco, uma semente
De onde brotam tanto amor e sonhos...

Mãos que se procuram num só tempo:
Da liberdade, da criatividade,
Da certeza deste amor tornado perfeito
Quando nossas mãos, assim deste jeito,
Se cruzam numa oração divina.

Serão tão iguais, assim, nossas mãos
Que, primitivas, arrancam do barro
Este poema, estes versos que hoje narro
Em forma de mão, apêndices de pão,
Saciando-nos deste amor eterno,
Dessedentando nossas almas e corações
De angústias e aflições vãs.
Mãos, para sempre assim: Nossas Mãos
Fortaleza, 25 de agosto de 2010
Para minha filha, Mariana, que sempre diz: “pai, não precisaria fazer teste de DNA para saber se você é meu pai e de Gabriel, basta juntar nossas mãos”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário