14 de jan. de 2011

Estrelas em Meu Olhar

Imagem/Internet
Aquela noite foi única:
Não me importava se estrelada ou não,
Se raios de luar pelo chão,
Se pratas de amor, se clarões ou outras visões;
Apenas teu corpo a meu lado.
Talvez um rouxinol ali cantasse.
Talvez.

A languidez de tua voz era hino,
Meus braços, em pantomima,
Rodeavam os teus
E minha língua fazia círculos frenéticos
Extasiados em teus mamilos.

Se havia um rouxinol, não sei,
Mas bem que  poderia ser seu canto
Entre cantos.
Se estrelas brilharam em meu olhar, não sei,
Mas teu sorriso, teu gozo, sei-os
E como não senti-los ali tão perto,
Como eu  deserto, antes, de carícias.

Para onde fomos, também não sei,
Não nos interessaria, se não só nós.
Acho que um rouxinol cantou a noite inteira,
No meu e no teu ouvido,
A música dos amantes, dos amados,
Dos que se deixam amar...
Dos saciados e felizes ali suados,
Contando estrelas num e noutro olhar

3 comentários:

  1. Meu amigoooooooooo... Você arrassou!
    Lindo poema. Você é show!
    Bjus!

    ResponderExcluir
  2. Super... Deleta o primeiro comentário, é que quando postei, não estava saíndo a minha foto. Por isso saiu duas vezes.
    Mas conseguiii!
    *Ah, depois de loooongos meses, reativei o meu blog; agora posso seguí-lo. Hehehehe... E qdo puder, dê uma passadinha por lá, tá mestre?
    Bjus!

    http://escrevendoumpoucomais.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  3. Ceiça Vasconcelos16/1/11 11:47

    Às vezes eu me pergunto: comentar o quê? Se esse poema, como tantos outros, é belo e profundo, marcado pela languidez e o erotismo característicos de sua arte escrita que conheço de perto... O que vejo e o que sinto é que vc, Cícero, continua abrilhantando a poesia alencarina com o que de mais expressivo seus pensamentos, sentimentos e vivências são capazes de produzir. Minhas felicitações por essa alma de poeta que nos permite degustar, deliciados, de quando em vez, de pérolas como essa que acabei de ler.

    ResponderExcluir