16 de jan. de 2011

UMA TAÇA DE VINHO
Não, não me suporto mais
Ser o teu cavaleiro errante,
Aquele que entra por tua janela
De forma escondida e rouba um beijo teu.
Não tenho tempo para brincar de Romeu.

Eu nunca fui herói, nem bandido
Nem sempre sonhei sozinho;
Derrama em mim todo esse vinho.
Estamos rubros.
Deixemos-nos vagar por essas taças,
Elas são oceanos de carinho
Marolas que nos afogam.

Eu não me suporto mais sem teu calor
Sem que esses beijos me despedacem,
Me inundem,
Me invadam brutal e lascivamente.
Derrama essa taça de vinho
Ela é vida em veias vibrantes
Pulsantes.

De que me vale o castelo com seus cavalos,
De que me valem sonhos e luz na janela
Se sou menino perdido nos vales?
Tristonho sou, feito Romeu suicida
Se estou sem ti.

Senti que minha voz se entala, rútila,
Taça de vinho proibida em minha boca.
Não, não me suporto mais sem ti...
Abre essa janela,
Enxerga em mim aquele heroi... o bandido
O anjo, o mocinho perdido...
Perdido  numa taça de vinho.

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