DEIXA EU MORRER UM POUCO
Caminhando, bem sozinho,
Buscando ar puro, novas energias,
Deparei-me com a minha dor.
Perguntou-me: tenho te visitado?
-Todos os dias, por que não?
-Dói-te muito a minha invasão?
Sou aquela que te povoa todos os dias
Sem sequer saber o quanto me suportas
Ou o quanto te posso maltratar...
-Não sei quanto, mas me fazes sofrer demais.
-Não és, então, capaz, de me tirar do teu dia a dia,
Teres a mão forte que me desnorteia,
Que me faça infeliz, como tu, por um minuto apenas?
-Talvez eu possa.
Talvez me encontre entre escombros existenciais,
Talvez remova de uma face a minha face mais animal...
Talvez, para teu grande espanto,
Deixe de amar tanto e tanto.
Acompanhas-me vida toda essa afora
E não vai ser agora que me hás de proteger.
Isso não.
Talvez... talvez irás te embora,
agora sem alarde.
Se não fores, peço-te,
Deixe que eu morra ali um pouco, agora,
Talvez a gente se encontre, então, mais tarde.
Com certeza a encontrará: "IN TERNA MENTE" Bjus
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