26 de ago. de 2011

ACHO QUE O AMOR

Acho o amor uma pedreira,
Quando cai numa peneira
Se desmancha na poeira
Encobrindo o ceu e o mar.
 Acho que é um tormento nebuloso,
 Cão sarnento e raivoso
 Que só pode machucar.

 Acho o amor uma baladeira,
 Derrubando passarinho,
 Que saiu lá do seu ninho
Para o mundo admirar.
 Acho que o amor é uma fogueira,
 Tanto brilha como queima,
É fagulha que inebria
Uma noite de luar.

 Acho que o amor tem nove horas,
 Só quem marca é quem chora
 Tanta dor de se amar,
 Acho que o amor é traiçoeiro
 Se resolve no banheiro,
Se o desejo é só gozar
 Acho o amor uma piada,
Só entende quem a conta
 Que só rir quem faz chorar.

Acho, eu nunca amei na vida
 Pois reclamo de um amor
 Que eu não tive em minha vida.
 Acho que quem ama não concorda
 Que o amor é passageiro,
Que é apenas um momento,
Que se tem como alimento
Que se quer pra vida inteira.

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