OLHAR DE GATA NO CIO
Este corpo a deslizar como ondas
Perfeito, intacto... molhado:
Plumas que me adentram com êxtase.
Corpo e mãos em harmonia
São a cria incólume de meu desejo aceso.
Onde tanto fulgor e paixão
Que este corpo carrega?.
Seus mamilos apontam sublimes morros
Onde minhas mãos tateiam com afã de beijá-los
Tocá-los até o limiar deste desejo.
Aquele olhar,
Aquele olhar aceso e dolente,
Provocando visões quentes.
Aquele olhar devasso,
Malicioso, abrangente.
Como não desnudá-lo?
Como não imaginá-lo, noite afora
Com a cumplicidade da aurora?
Como não me esconder naquele púbis
Em tal e tamanho desalinho
Que nem mesmo o mais peremptório dos gozos
Não conseguiria decifrar o decifrável prazer?
Olhar de gata no cio,
O cio completo das corsas
O cheiro envolvente da fêmea fatal,
Que se abre e se deixa penetrar,
Se deixa amar, relaxar, gozar
Até o último instante em arrepio...
Olhar de gata no cio,
Com presas e ventre
Com a fome voraz e insaciável do sexo...
Teu cheiro e gosto de sexo,
Teu gosto no cio, teu cio com gosto,
Com gosto e cheiro de paixão:
Ah! este teu olhar... este teu olhar de gata no cio!
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