DORES DA CIDADE
Esse céu da cidade é desbotado
É rosário difícil de debulhar
É amor com preguiça de amar
É travor dos meus olhos marejados.
Ai, meu São João,
Eu senti nesse bater de cancela
Que a canjica da paixão disunerou
Que o meu pé de moleque azedou
E meu amor era só saudade dela
Quando olho a porteira do curral
E a paisagem do agreste tão florido
só me resta nesse peito tão dorido
o bater tristonho do milharal
Ai, meu São João,
Os balões são nossas estrelas
Mas o tempo de balão se acabou,
E nem fogueira ilumina a solidão
Da saudade desse tempo que passou.
Cícero Braz de Almeida
Parabéns, você permanece inspirado!!!
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